Hoje o Blog estreia uma nova coluna! Dê as boas-vindas a Otium ! Em latim, otium pode ter vários significados . Alguns são mais generosos, outros, menos. Foquemos nos primeiros, que são os mais solidários com a nossa saúde mental: otium como “lazer” ou “tempo livre para contemplar”. Dedicar-se ao otium – ou, como você já deve ter adivinhado, “ócio” em português – é fundamental para quem se interessa por aprender mais e produzir melhor. Afinal, sem tempo para descansar e espairecer depois de um dia exaustivo, não há estratégia de aprendizagem ou produtividade que se sustente a longo prazo. O problema é que, como já escrevi anteriormente , o seu tempo livre é um prêmio disputado por competidores ferozes. Chegar em casa, trocar de roupa e ler um bom livro é cada vez mais raro. Cada vez mais comum – e, admito, assustador – é ver alguém que, depois do trabalho, desaba na cama e desanda a rolar o feed da rede social até perder a noção das horas (e se você quer retomar o controle sobre ...
No meu texto “Meta-aprendizagem” , eu escrevi sobre a importância de investir o seu tempo na preparação de cada etapa do processo de aprender. Avareza não é bem-vinda. Horas, dias ou mesmo semanas gastas na triagem de materiais didáticos calibrados ou no planejamento de cronogramas eficientes podem render dividendos valiosos em alguns meses. Descobrir por onde começar essa preparação, porém, pode ser desafiador. O século é o XXI, então não faltam livros, cursos e plataformas dedicados a lhe ensinar praticamente qualquer coisa. Num primeiro momento, navegar no meio de tantos recursos pode ser animador, mas identificar os mais adequados para os seus objetivos pode se transformar numa tarefa exaustiva e, após reviews ou sugestões em sentidos opostos, até frustrante. Você não precisa tatear no escuro, entretanto. Para auxiliar nessa jornada, Scott Young recomenda o método do benchmarking. Em seu livro Ultralearning , o autor do MIT Challenge (sobre o qual também escrevi recentemente...